sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

No dia em que te conheci, uma borboleta amarela pousou duas vezes sobre minha cabeça

No dia em que te conheci,
uma borboleta amarela pousou duas vezes sobre minha cabeça,
enquanto eu segurava três garrafas de vinho na fila do supermercado.

No dia em que uma borboleta amarela pousou duas vezes sobre minha cabeça, era dia de eclipse lunar na noite púrpura de minha cidade.

Hoje vou me embriagar em teu nome. Arejar as frestas, enfeitar os cantos, vestir os guizos, rir tantos risos de tantas festas.

Tu vestias o sol. Eu, que sou teu guia, te seguia.

Eras lua negra, eras lua branca, a franca paz do desassossego, eras secular, eras meu lugar e todo o meu medo.

Eu era um tanto frio e distante, planeta errante, antes da borboleta amarela pousar duas vezes sobre minha cabeça, enquanto eu segurava três garrafas de vinho na fila do supermercado.

Eu vestia o luar. Eu, que sou teu guia, me perdia.

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